sexta-feira, outubro 21, 2005

hum...


Ora boas!
hj para alem de ter postado mais um capitulo de uma triste historia decidi "homenagiar" um "miudo" com coragem... esse "miudo" segundo me constou rapou o cabelo num acto de loucura. Pois bem, tudo para dizer k ele e o fotografo da foto k decidi postar. Essa foto tem uma semana, mas dada a "ausencia voluntaria" de novas fotos fica esta...
Podera surgir algumas na proxima postagem.
Este fds nao andarei por ca, pois irei para Aveiro fazer uma visita de "medica", mas mais prolongada... lol... (os intervenientes mais proximos sabem do k estou a falar)
Fica em forma...

kiss for all

capitulo 4

A nova fase

Ela sempre teve um gosto diferente do habitual para a idade que tinha.
Sempre olhou para homens mais velhos, mais maduros.
Talvez por serem mais parecidos com ela que os miúdos da idade dela.
Foi então que ela conheceu o homem que a fez mudar de vida.
Ela já tinha o seu grupo de amigos formado. Hoje em dia e bem mais pequeno, mas sem duvida foi o melhor grupo que teve ate hoje.
Ele não fazia parte desse grupo, nem nunca o fez. Ele nunca foi admirado por mais ninguém que não ela. Nunca se soube o que ela via nele.
Ela era vistosa devido à sua altura e o sentido de responsabilidade exercia sobre os homens um certo mistério. Porque razão haveria ela de ser assim tão independente e tão responsável em tão tenra idade? Era a questão que lhe colocavam sempre que tinham coragem para falar com ela.
Ela tinha um a vontade enorme e sempre adorou falar e ele sempre foi o seu mistério.
Ele nunca se revelou. Sempre foi assim, mesmo com ela. Sempre lhe ocultou as verdades e a enganou como pode. Ela sabia das suas traições, mas a sua capacidade de perdoar a fizeram deixar passar imune.
Fazia de conta que não sabia ate um dia ela se encher. Talvez ai tivesse deixado de o amar. Ou talvez a humilhação já transbordasse da sua paciência como um copo cheio de água em que lhe continua a cair as pingas da torneira.
Foi estranha a forma como se conheceram. Mas mais estranha foi a forma como começaram a sair. Ela sempre o admirou apesar de nada ter de especial.
Longe estava ele de ser o homem perfeito. Quer física quer psicologicamente ele estava longe desse ideal feminino, de ser o seu príncipe encantado.
Para alem de ser mais velho que ela, bem mais velho, ele era mais baixo. A queda de cabelo já se fazia sentir e a famosa barriguinha já era bem visível. Talvez o seu charme ou seu perfume a tivessem encantado. Recordo-me que ela sentia o seu perfume a distância. Era o único que sabia distinguir e que anos mais tarde ela passou a recordar como um cheiro que sentia e adorava, mas que já nada lhe diz.
Eles saíam sempre sozinhos. As vezes levava-a a jantar fora, mas o programa nunca era muito preenchido. Contam-se pelos dedos as vezes que saíram em grupo e menos foram as vezes que foram de ferias juntos.
Foram os dois anos e meio mais mal aproveitados da vida dela. Mas nunca se arrependeu de ter sofrido, pois diz que agora que aprendeu a lição e mais ninguém lhe voltará a fazer passar pelo mesmo.
A família dela nunca gostou dele e a dele nunca deve ter sabido da existência dela.
A maior parte do tempo andavam como se a fugir de alguém ou de algo. No inicio esse mistério agradava-a, mas com o tempo isso foi se tornado desconfortável. Sempre o mesmo mistério. Foi ai que ela começou a desconfiar de algo.
O primeiro verão tiveram as ferias separadas, o segundo a mesma coisa e no terceiro ela pôs um ponto final na relação. Já não aguentava mais aquela distância entre eles.
Passaram apenas um fim-de-semana juntos fora do país e para alem de pouco tempo foi muito mal aproveitado.
Era uma relação muito estranha a deles. A maior parte do tempo que aquela relação viveu foi no apartamento dele.
Eles combinavam as suas sexualidades. Tiravam prazer um do outro, mas nunca mais que isso.
Foram poucas as noites completas que partilharam. Por norma tirava umas horas de prazer e depois desapareciam. Cada um para o seu lado.
Foi a relação que a afastou do seu grupo de amigos e da sua vida nocturna. Talvez porque ela sentisse necessidade de acalmar e descansar ou talvez porque não o quisesse trair.
Foram algumas as oportunidades, mas a sua dignidade não permitiu que ela fizesse com ele o que ele fazia com ela.
A traição foi a pior coisa que ele lhe fez. Traio-a não só durante a relação que tiveram, mas também durante uns primeiros tempos. Para ela a mentira é a mais cruel forma de trair. E por parte dele, ela nunca mais espera outra cosa que não isso. Mentira!
Para ela a verdade acima de tudo. Ela não se importa de magoar as pessoas desde que a verdade seja dita. Revolta-se cada vez que descobre que lhe mentiram.
Prefere que a magoem com a verdade que a protejam com mentiras.
Sempre viveu na mentira e para ela foi a maior facada no peito. Voltar a viver na mentira.
Ele não tinha o direito de a fazer sofrer. E todos a sua volta a avisavam, mas sempre em vão. Nunca deu ouvidos aos disparates dos outros, que afinal estavam certos. Teve de ser ela própria a descobrir e a perceber a mentira em que vivera com ele.
Ainda hoje não se arrepende. Ainda hoje fala com ele e ainda hoje brincam com o facto de não estarem casados.
Foi no ano da reviravolta que acabaram. Foi um final diferente e muito calmo.
Ela era das pessoas mais nervosas que algum dia conheci e com ele a única coisa de jeito que aprendeu foi a ter calma e paciência.
Foi ele que a tornou fria e calculista. Foi ele que a fez odiar e desprezar tanto os homens. Foi por causa dele que ela ganhou o gosto de os desprezar e rebaixar. Faze-los sofrer e humilhar. Nunca ninguém foi tão má com os homens ou mesmo mulheres como ela o é.
E a culpa foi dele.

Podem comentar para k eu saiba se vale a pena continuar a publicar a historia...

terça-feira, outubro 18, 2005

Aniversario do Ventura e a Aldeia do Asterix






Fotos de sabado no restaurante O OURO, em Gondomar e de ontem no Dolce Vita Porto.
As fotos sao com os de sempre e para os de sempre e da aldeia do Asterix temos uma cara nova para o Obelix (Andre).
Espero k curtam pk eu hj nao tou mt para escrever...
kiss e comentem

domingo, outubro 16, 2005

capitulo 3

O trabalho vs noite

A vontade dela sempre foi trabalhar para alcançar a sua independência.
No verão procurava os famosos part-times mas sempre sem sucesso. Foi então que a sorte dela mudou.
Aos 18 anos, finalmente, conseguiu o tão esperado emprego. Foi uma loja de centro comercial, daquelas que vendem bijutarias baratas e rascas, carteiras com modelos copiados entre outras inúmeras coisas fúteis que as jovens compram para pareceram chiques e na moda. Ela nunca ligara a esse tipo de coisas. Preferia uma boa noite passada com amigos e gastar toda a sua mesada nessa mesma noite que gastar todo o seu dinheiro num par de brincos ou numa carteira que passados dias estava ultrapassada e estragada pelo uso.
Foi então que ela no 12º ano começou a ter o seu próprio dinheiro. Eram ordenados baixos, mas que a faziam feliz e orgulhosa por serem seus.
Foi um verão agitado. Para além de trabalhar ela tinha os exames nacionais, que passou com sucesso, apesar de nem uma página ter lido sobre qualquer uma das matérias. Apenas não fez o de matemática. Não por não gostar da disciplina, mas sim pela tripé que teve com a professora uns anos antes. Há sempre um no meio de muitos que nos faz a vida negra.
Foi um ano emocionante para ela e cheio de vitalidade.
Começou a sair com os seus amigos e durante todo o verão apenas um ou dois locais na cidade do Porto tinham o privilégio de a ter presente.
Na altura, a disco que bombava era o Santa Gota. Toda a gente tentava passar pela agressiva porteira que seleccionava o pessoal na entrada.
Iam todos de táxi uma vez que não tinham carta nem carro. Eram de certo os melhores tempos porque podiam todos brindar ao facto de serem amigos.
Foi lá que ela conheceu a noite. Foi lá que ela conheceu alguns dos seus amantes. Foi nessa mesma discoteca que ela conheceu um dos seus amores impossíveis.
Ele passava grande parte do seu tempo por lá assim como ela. Trocaram olhares e mais tarde um beijo, mas nunca mais que isso. Falavam imenso pelo telefone. Passavam horas e horas até a bateria acabar ou alguém os chamar.
Foram tempos bonitos, mas que eles complicaram. Talvez o que sentissem não fosse assim tão forte. Caso contrário teriam estado juntos mais vezes e teriam o tão esperado romance. No seu lugar restou apenas uma bonita amizade que com o passar dos anos esmoreceu e acabou por morrer.
Foi depois de o perder que ela descobriu mais um dos seus defeitos. Este por sua vez gravíssimo. Era ela demasiado orgulhosa para admitir que gostava dele. Ainda hoje o é, mas aprendeu a ultrapassa-lo para conseguir mais sucesso na vida.
Mas esse verão não foi apenas vivido à noite.
Ela deixou esse part-time foleiro e decidiu aceitar uma proposta de estágio que a escola ofereceu.
Foi trabalhar para uma firma muito grande e que cujo objectivo era apenas fazer as ferias de verão dos seus funcionários de escritório. Foi engraçada a situação, pois quando era ela mais pequena ela faltava à escola para ver a mãe a trabalhar e sonhava um dia ser como ela. Nesse verão ela conseguiu. Realizou a pequena fantasia de criança.
Mostrou ser uma jovem adulta responsável e conseguiu permanecer nessa firma durante uns anos. Optou mais tarde por se despedir e mudar de vida.
Mesmo tendo o seu tempo todo ocupado ela lá ia namoriscando aqui e acolá e tentando ser feliz. Mas como sempre deixamos essa felicidade escapar por entre os dedos porque a insatisfação nos faz esquecer que um dia somos felizes e no dia seguinte só não o somos porque não quisemos.
18 anos tinha ela e começou uma nova fase da sua vida.